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O futuro da saúde suplementar no Brasil

24 março, 2022

O futuro da saúde suplementar é um tópico que intriga membros do setor, especialmente após os últimos anos atípicos que tivemos. Apesar disso, há grandes projeções a curto, médio e longo prazo.

Para começar a discussão, entretanto, também é preciso olhar para o passado, especialmente para compreender como alguns padrões podem se repetir e visualizar a evolução do mercado.

Continue lendo para descobrir qual é a perspectiva para o futuro da saúde suplementar, o quanto o setor já evoluiu e muito mais!

Os últimos anos do setor

O mercado da saúde suplementar existe desde, aproximadamente, os anos 60, com o crescimento do trabalho formal e a oferta de assistência médica aos colaboradores por parte das empresas, mas sua regulamentação aconteceu a partir de 1998, através da Lei 9.656/98, considerada uma divisora de águas do setor.

Já em 2000, foi criada a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde que controla as operadoras e é a determinadora de uma série de eventos e operações referentes aos planos de saúde, através da Lei 9.961.

A regulamentação do setor chegou em uma época recheada de inovação — em poucos anos, a inserção de novas tecnologias na saúde assistencial contribuíram para o avanço do setor suplementar e grandes atualizações nas coberturas dos planos.

O maior ano do setor, até o momento, foi 2014, com o número de beneficiários chegando a marca de 50 milhões no mês de dezembro, com queda contínua nos anos seguintes, até 2020.

Outros acontecimentos importantes estão relacionados a melhoria constante no atendimento ao público, como a obrigatoriedade da criação de ouvidorias por parte das operadoras a partir de 2013, o começo da presença digital de empresas nas redes sociais e o encarecimento dos planos de saúde, que chegaram a ficar 88% mais caros em um intervalo de 10 anos.

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Como a pandemia do Covid-19 influenciou na saúde suplementar?

Para entendermos o que pode acontecer no futuro no setor da saúde suplementar, é preciso recapitular algumas coisas que aconteceram nos últimos dois anos.

Em 2020, o setor se encontrou no centro do combate à pandemia do coronavírus, buscando medidas de enfrentamento para uma doença até então desconhecida. 

Entre elas, podemos citar a inclusão de exames diagnósticos e de tratamento contra a Covid-19 no rol de procedimentos, ampliação de prazos para realização de procedimentos eletivos, orientações para operadoras para disponibilização de canais de atendimento exclusivos para Covid-19, implementação da telemedicina, disponibilização de ferramenta com informações sobre demandas de beneficiários relacionadas à Covid-19, etc.

Uma grande surpresa foi o VCMH e reajuste negativos em 2021. Isso aconteceu porque, devido à alta demanda causada pelo sobrecarregamento da saúde pública, entre a metade de 2020 e o final de 2021, o número de beneficiários cresceu de maneira contínua, com 48.995.883 usuários nos planos de assistência médica em dezembro, alcançando o melhor resultado desde 2016, enquanto os gastos das operadoras com procedimentos acabaram diminuindo.

O que está reservado para o futuro da saúde suplementar?

A curto prazo, há projeções mais certeiras e estruturadas, como o VCMH. A tendência é que o reajuste negativo não se repita, já que ele aconteceu por motivos extraordinários, e a própria sinistralidade do setor já voltou aos índices pré-pandêmicos, atingindo 84%.

A médio prazo, algo que já faz parte do presente, mas que terá sua participação cada vez mais fortalecida no futuro, será a parceria entre corretoras e operadoras com healthtechs e insurtechs, setores que estão atingindo a casa do bilhão em investimentos e que auxiliam na modernização dos setores de seguros em saúde e saúde suplementar.

Já a longo prazo, é preciso que o setor fique atento ao envelhecimento da população. É estimado que em 2050, um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos. Considerando que a população mais velha é vista como um grande custo em relação aos planos de saúde, é preciso se preparar para um cenário em que eles representarão boa parte da sociedade e adaptar cada vez mais os serviços para atender este público.

Desenvolver estratégias de gestão de saúde com foco na prevenção no presente é essencial para que, no futuro, a saúde suplementar seja capaz de auxiliar este grupo de pessoas de maneira mais tranquila.

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