Autogestão do plano de saúde: o que é e como funciona?
O conceito de autogestão do plano de saúde pode confundir quem não tem grande contato com a área. Afinal, não é um modelo tão conhecido quanto planos de saúde coletivos empresariais e planos de saúde individuais.
Entretanto, mesmo sendo um modelo pouco conhecido, instituições públicas e associações o utilizam majoritariamente.
Saiba mais sobre como funciona a autogestão do plano de saúde neste artigo!
O que é autogestão do plano de saúde?
Diferente dos planos de saúde coletivos empresariais, os modelos de autogestão não estão disponíveis ao mercado. Isso porque eles são restritos à própria organização que os criou.
Enquanto na contratação de planos de saúde coletivos empresariais é preciso contar com uma terceira parte (geralmente uma corretora de saúde/administradoras de benefícios) mediadora entre a empresa e a operadora de saúde, a autogestão do plano de saúde é criada e administrada pela própria instituição.
Além disso, a autogestão do plano de saúde não tem fins lucrativos. Seu grande objetivo é oferecer um serviço de saúde de boa qualidade com o melhor custo-benefício para os beneficiários.
Por se tratar de um modelo de plano de saúde elaborado para os próprios colaboradores da instituição e seus dependentes, há maiores chances do serviço ser mais satisfatório para os beneficiários. Além disso, a chance de personalização dos serviços de acordo com a demanda destes também aumenta.
Quais são os benefícios de contar com a autogestão do plano de saúde?
A autogestão do plano de saúde apresenta boas vantagens, tanto para a instituição administradora, quanto para os beneficiários, como:
Foco na necessidade real do público
Por ser um serviço oferecido apenas aos colaboradores ou associados da instituição, algumas características do serviço podem ser personalizadas de acordo com a necessidade do beneficiário. Por exemplo, desde o tipo de cobertura, até a personalização de ações de saúde preventivas de acordo com os maiores riscos da população.
Contato mais fácil com os beneficiários
Outro benefício proporcionado pela autogestão é a maior proximidade com o seu público.
Isso porque corretoras de saúde e administradoras de benefícios geralmente lidam com diferentes operadoras, que ofertam planos de saúde variados. Além disso, costumam atender diversos beneficiários de planos de saúde diferentes.
O resultado pode ser um contato mais distante, algo que não acontece na autogestão.
Por lidar com um público menor e concentrado, o atendimento tem a possibilidade de ser mais personalizado, assim como o serviço.
Melhor custo-benefício
Justamente pelo benefício de personalizar os serviços, a autogestão do plano de saúde permite a disponibilização daqueles que serão realmente utilizados pelos beneficiários, como consultas, exames e procedimentos. Em outros tipos de planos, a carteira pode acabar sendo genérica demais, com a cobertura de serviços caros e pouco utilizados.
Quais são os tipos de instituições que podem contar com o modelo?
De acordo com a lei, estas são três as organizações que podem contar a autogestão do plano de saúde:
Pessoa jurídica de direito privado com finalidade lucrativa
Embora o plano de autogestão não permita a lucratividade com o mesmo, a empresa que o administra pode, sim, ter fins lucrativos.
A instituição em si não pode ter capital por causa do plano de saúde, mas pode aplicar seu capital no plano de autogestão. Isso faz com que este modelo seja mais recorrente em empresas de grande porte e instituições públicas.
Além disso, apenas pessoas ligadas à organização poderão usufruir do plano, como:
- Sócios;
- Administradores e ex-administradores da entidade de autogestão;
- Colaboradores e ex-colaboradores;
- Aposentados anteriormente vinculados à empresa;
- Pensionistas dos beneficiários já citados;
- Grupo familiar dos beneficiários até o quarto grau de parentesco consanguíneo ou segundo grau por afinidade dos usuários, como cônjuges.
Pessoa jurídica de direito privado de fins não econômicos
Empresas mantidas ou patrocinadas por entidades públicas ou privadas, como escolas e faculdades criadas por fundações.
A restrição de usuários são as mesmas da citada anteriormente, com a exceção de uma abertura para a inclusão de indivíduos vinculados à instituição patrocinadora ou mantenedora da empresa.
Fundações e associações de categorias profissionais
É o tipo mais comum que utiliza o modelo de autogestão. Contempla:
- Indivíduos vinculados à associação, como ex-administradores e ex-funcionários;
- Aposentados que tenham participado anteriormente da associação;
- Pensionistas dos beneficiários;
- Grupo familiar até quarto grau de parentesco consanguíneo ou segundo grau por afinidade, como cônjuges.
Além disso, também segundo a lei, a entidade de autogestão precisa operar por meio de rede própria contratada, credenciada ou referenciada . Por fim, a administração deve ser feita de maneira direta.
E aí, o que achou do artigo de hoje? Você já sabia como funciona o modelo de autogestão do plano de saúde?