Alta nos casos de dengue: como devem agir os planos de saúde?
A alta nos casos de dengue liga um importante alerta no cuidado com a prevenção e o diagnóstico da doença que, por se tratar de uma doença causada por vírus, pode ocasionar:
- Fraqueza e dor muscular;
- Dores na articulação;
- Sonolência;
- Fadiga;
- Perda de apetite, recusa da alimentação e de líquidos;
- Vômitos;
- Diarreia ou fezes amolecidas;
- Febre;
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Erupções cutâneas;
- Dores musculares, articulares e atrás dos olhos e, em casos mais graves, hemorragias que podem levar ao óbito.
Para se ter uma ideia, somente até o dia 21/02/2024, o Brasil já havia registrado mais de 688 mil casos de dengue em 2024 - e ainda estamos no início do ano. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, que também informa que o país teve 122 mortes confirmadas pela doença, enquanto outras 456 mortes estão sob investigação para saber se há relação com a dengue.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, os números chamam a atenção:
Ou seja, enquanto em janeiro de 2023, foram registrados 93.298 casos prováveis de dengue, em 2024 esse número subiu para 500.679.
Fevereiro ainda não acabou e, mesmo assim, os números de prováveis casos de dengue já superam o de 2023: enquanto em 2023 foram registrados 196.068, em fevereiro de 2024, até o dia 21, já são 339.737 casos.
Preparamos esse artigo para te ajudar a entender mais sobre o contexto da doença no Brasil, como os planos de saúde devem agir em casos de dengue e, também, como as empresas podem auxiliar a garantir mais conscientização e segurança no ambiente de trabalho. Acompanhe!
Casos de dengue no Brasil em 2024
Os casos de dengue estão presentes em quase todo o país, mas alguns estados contam com mais diagnósticos da doença. Dentre eles:
- Minas Gerais é o estado com o maior número de casos prováveis, com 232.683 casos;
- Na sequência estão São Paulo, com 117.571 casos;
- Distrito Federal, com 80.979
- Paraná, com 72.526;
- Rio de Janeiro, com 51.532.
Além disso, a maior parte dos casos de dengue são por pessoas do sexo feminino, conforme você pode observar no gráfico abaixo:
Quais são as obrigações dos planos de saúde em casos de suspeita e diagnóstico de dengue?
É normal que os casos de dengue impactem diretamente nos planos de saúde. Mas afinal, como os convênios devem prosseguir nessas situações?
Pois bem, para que o plano cubra a realização do teste que irá confirmar, ou não, o diagnóstico da doença, é importante que haja a solicitação médica.
A Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS) informa que os testes rápidos (IgG e IgM) para a dengue, a sorologia Elisa (IgG e IgM) e o Antígeno NS1 têm cobertura obrigatória prevista no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, todos sem diretriz de utilização. Ou seja, basta a solicitação médica para a realização deles.
A ANS reforça que "não é permitida, sob qualquer alegação, a negativa de cobertura assistencial", uma vez que as operadoras são obrigadas a oferecer aos beneficiários todos os procedimentos previstos no contrato e no Rol da ANS.
Os prazos para a liberação e realização dos testes também são questões importantes, já que a dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente dependendo dos casos.
Assim sendo, se o caso for de emergência, a liberação deve ser imediata, conforme orientação da ANS. Em outras situações, o prazo de garantia de atendimento dos testes para a dengue é de três dias úteis quando solicitados de forma eletiva, por meio de atendimento ambulatorial ou consultório.
Caso o plano de saúde dificulte a realização dos testes, mesmo seguindo todas as orientações acima - como, por exemplo, a solicitação médica para a realização do exame, - é possível pedir suporte direto para a ANS, através dos canais de atendimento neste link.
O ideal, porém, é tentar resolver a situação diretamente com a operadora de saúde. Caso a questão não seja resolvida, aí sim pode-se registrar uma denúncia/reclamação junto à ANS.
Como verificar os exames de dengue cobertos pelo seu plano?
A ANS oferece uma plataforma gratuita que você pode verificar quais exames são cobertos pelo seu plano. Porém, lembre-se sempre da importância da solicitação médica para realizar esses procedimentos. Para fazer a pesquisa gratuita, clique aqui e confira!
O passo a passo é simples:
1. Basta selecionar qual o tipo de cobertura do plano escolhido em “Segmentação” - as opções são: Consulta/Exames, Parto, Internação, Odontologia e clicar em continuar;
2. Na próxima aba, digitar o nome do procedimento desejado - você pode digitar “Dengue”, por exemplo;
3. Confira quais são os exames relacionados à doença presentes no ROL a ANS e, após, se há a cobertura do plano.
Abaixo um exemplo da plataforma exibindo um plano em que há a cobertura do exame desejado:
Vacina para dengue
A vacina para dengue é uma grande aliada para o combate do vírus, já que auxilia a reduzir o risco de infecção sintomática, hospitalizações e da morbimortalidade pela doença.
Atualmente, a vacina pode ser encontrada em laboratórios particulares com grande variação de valores.
Entretanto, o Ministério da Saúde já iniciou a distribuição de vacinas para os municípios que atendem aos critérios definidos pela Pasta em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
O lote inicial de vacinas, com 712 mil doses, é destinado aos seguintes estados, contemplando 315 municípios: DF, GO, BA, AC, PB, RN, MS, AM, SP e MA. O Distrito Federal e o estado de Goiás já receberam as primeiras remessas e os demais irão receber ao longo dos próximos dias. A previsão é que todos os 521 municípios recebam doses para a vacinação da faixa etária de 10 a 11 anos até a primeira quinzena de março.
Nesse primeiro passo, a imunização será feita em crianças de 10 a 11 anos e avançará de faixa etária de forma progressiva, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante.
Ao mesmo tempo em que oferece a imunização nesse formato, o Ministério da Saúde coordena um esforço nacional para ampliar o acesso a vacinas para a dengue. A Pasta solicitou prioridade para essa ação e atuará em conjunto com o Instituto Butantan e a Fiocruz para expandir a produção de vacinas para o Brasil.
Quais são as contraindicações para a vacina da dengue?
As contraindicações da vacina da dengue são para:
- Pessoas que estão com dengue ou sintomas sugestivos da doença;
- Quem possui alergia a outras vacinas;
- Imunossuprimidos - pessoas com baixa imunidade;
- Gestantes ou lactantes;
- Quem teve dengue há menos de seis meses.
Com todas essas informações, esperamos que você tenha tirado as suas dúvidas relacionadas aos casos de dengue no momento atual. Caso queira contribuir para tornar o nosso conteúdo mais completo e/ou deixar sua opinião sobre o artigo, escreva-nos um comentário abaixo!
Palestra sobre dengue
Para explicar ainda mais sobre os casos de dengue no Brasil, convidamos a Ana Raquel Ortolan, enfermeira, mestra em Ciências Farmacêuticas e analista de Saúde na Wellbe, para fazer uma palestra sobre o tema. Confira tudo sobre:
- Os dados da doença;
- Sintomas da dengue;
- Transmissão
- Prevenção;
- Tratamento;
- Como a tecnologia é uma aliada no combate à dengue, entre outras informações importantes sobre a doença.
🎥 Assista e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto:
🗨️ É corretor ou gestor de saúde e quer fazer um melhor acompanhamento dos beneficiários com suspeita de dengue? Então acesse: Como monitorar a dengue através do BI da Wellbe