Prejuízo na saúde suplementar: como resolver?
Em setembro de 2022, foi noticiado que as operadoras de saúde sofreram seu primeiro prejuízo semestral da história, mesmo depois do lucro obtido no primeiro semestre do ano.
Como esse se trata de um mercado altamente lucrativo e que anda obtendo uma crescente no número de usuários desde a metade de 2020, é normal que se questione: como a situação chegou a esse ponto? O que o setor precisa fazer para contornar o prejuízo?
Continue lendo e saiba mais sobre o que causou o prejuízo na saúde suplementar e como a gestão de saúde baseada em dados pode ajudar as operadoras nessa situação.
O que causou o prejuízo na saúde suplementar?
Para entender o que pode ter causado esse prejuízo no setor da saúde suplementar, precisamos voltar no tempo para 2020.
No pico da pandemia, muitos procedimentos como consultas, exames e cirurgias sem caráter emergencial foram adiados para diminuir o risco de transmissão do coronavírus. Agora, depois de algumas doses da vacina e o afrouxamento de medidas preventivas, esses procedimentos foram retomados.
O problema é o seguinte: a represália dessas consultas, exames e cirurgias gerou um sobrecarregamento no setor. Embora muito tenha sido arrecadado durante os períodos mais severos da pandemia, a retomada dos procedimentos custou muito para a saúde suplementar.
Também foi notado um aumento de mais de R$3 bilhões nas despesas administrativas, o que aponta alguns problemas de gestão. Tudo isso, ao ser somado com a alta nos insumos e a atual crise na qual vivemos, além da incorporação constante de procedimentos no rol da ANS (algo que acontecia apenas de 2 em 2 anos), levou a um colapso financeiro no setor.
O que pode ser feito para evitar que o prejuízo aumente?
Considerando que vivemos em uma situação atípica, é esperado que os procedimentos voltem ao ritmo pré-pandêmico nos próximos anos. Entretanto, apenas aguardar esse momento não vai resolver todos os problemas.
O setor também está mudando estruturalmente, como no caso do rol de procedimentos, que com o PL 2.033/2022 agora é oficialmente exemplificativo, além das atualizações agora frequentes desta lista, que anteriormente eram feitas apenas de dois em dois anos. Isso também afeta o caixa das operadoras, que levarão um tempo para se acomodarem com a situação.
Algo que tem chamado cada vez mais a atenção desse mercado é a gestão de saúde preventiva baseada em dados. A tecnologia tem feito muito pelo setor da saúde, mas hoje em dia essa parceria não se limita mais ao segmento assistencial; a análise de dados em saúde tem muito a fazer pela saúde suplementar.
Plataformas como a da Wellbe podem ajudar operadoras de saúde a unificarem os dados de suas contas PJ, facilitando a realização de auditorias médicas e o trabalho de gestão, orientando os beneficiários a um uso mais consciente do plano baseado em ações preventivas.
Um BI com todos os indicadores mais relevantes para a gestão de saúde ajuda no acompanhamento frequente dos dados de utilização e financeiros, auxiliando no controle da sinistralidade dos planos de saúde empresariais.
Basear o trabalho da operadora em dados inteligentes e estratégicos é garantir um futuro saudável e equilibrado e menos prejuízo tanto para a saúde suplementar, quanto para seus beneficiários.