Qual é o custo da saúde suplementar no Brasil?

Juliana Kozoski
18/12/2023

O sistema de saúde no Brasil é conhecido por sua complexidade e desafios, e a saúde suplementar desempenha um papel de destaque na oferta de serviços médicos aos cidadãos. No entanto, a questão do custo associado aos planos de saúde tem sido uma preocupação constante para os brasileiros.

O cenário dos planos de saúde no Brasil continua a ser objeto de debates, especialmente quando se trata dos constantes reajustes nas mensalidades. As operadoras alegam a necessidade de equilibrar as contas do setor, fundamentando esses reajustes com o aumento da sinistralidade.

Contudo, as justificativas apresentadas têm sido questionadas, e os impactos financeiros sobre os beneficiários geram um debate intenso. Nesse artigo, exploraremos os fatores que contribuem para o alto custo da saúde suplementar no Brasil e analisaremos por que os planos representam uma despesa significativa para a população. Continue lendo!

Estrutura do sistema de saúde suplementar

O sistema de saúde suplementar no Brasil é composto por uma rede de operadoras de planos de saúde privados, oferecendo uma variedade de opções de cobertura, desde planos básicos até coberturas mais abrangentes. As despesas associadas a esses planos incluem mensalidades, coparticipação, franquias e outros custos adicionais.

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Sinistralidade como fator determinante

As operadoras de planos de saúde argumentam que os reajustes são essenciais para enfrentar o aumento da sinistralidade, um índice que representa o quanto da receita é utilizada para cobrir despesas assistenciais. 

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mais de 87% das receitas provenientes das mensalidades são destinadas a essas despesas, deixando uma margem estreita para cobrir outros custos, como administrativos e de comercialização.

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3 fatores que contribuem para o alto custo da saúde suplementar no Brasil:

Os altos custos associados aos planos de saúde no Brasil são influenciados por uma série de fatores complexos que impactam diretamente a dinâmica do setor. Entre eles, destacam-se:

1. Envelhecimento da população

O envelhecimento da população brasileira tem sido um fator significativo no aumento dos custos da saúde suplementar. Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país (22.169.101) chegou a 10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente era de 14.081.477, ou 7,4% da população. 

Com o envelhecimento, há uma demanda crescente por serviços médicos, o que eleva os custos operacionais das operadoras.

2. Avanços tecnológicos e tratamentos médicos 

O constante avanço tecnológico na área da saúde tem possibilitado o desenvolvimento de tratamentos mais sofisticados e eficazes. As novas tecnologias em saúde, por exemplo, ajudam a resolver desde as tarefas mais simples de um consultório até a combater crises sanitárias. São soluções que, a cada dia, se mostram mais surpreendentes e práticas, como a telemedicina, a inteligência artificial e seus algoritmos preditivos, os softwares para gestão de clínicas, a nanotecnologia e até o Big Data.

No entanto, essas inovações muitas vezes vêm com custos elevados, e as operadoras de planos de saúde repassam esses custos aos beneficiários.

3. Regulação e tributação

O setor de saúde suplementar é fortemente regulamentado, e as operadoras precisam cumprir uma série de requisitos. Além disso, a tributação sobre os serviços de saúde contribui para os custos finais, afetando diretamente os valores das mensalidades.

Alto custo da saúde suplementar e seus desafios

A crescente onda de desafios enfrentados pelas seguradoras de saúde no Brasil está intrinsecamente ligada a uma série de ações que resultam em perdas financeiras significativas.

Este cenário, por sua vez, pressiona as operadoras a repassar esses custos aos segurados, impactando diretamente a acessibilidade aos serviços de saúde.

Um ponto de análise importante está nas constantes mudanças promovidas pela ANS ao longo dos anos. Enquanto a Agência Nacional de Saúde Suplementar busca garantir a qualidade dos serviços de saúde, suas regulamentações e requisitos adicionais também têm o efeito colateral de aumentar os custos operacionais das seguradoras.

Diante desse contexto desafiador, destaca-se a importância em buscar soluções que garantam não apenas a acessibilidade, mas também a qualidade dos serviços médicos oferecidos. 

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