Gestão de doenças crônicas: sua importância e como fazer
Fazer a gestão de doenças crônicas de maneira proativa é uma maneira de promover a saúde das pessoas e, ao mesmo tempo, buscar um maior equilíbrio para o setor de saúde suplementar como um todo.
Além disso, ao falarmos de saúde populacional empresarial, essa gestão pode se tornar ainda mais importante, pois auxilia no bem-estar, produtividade e satisfação dos colaboradores - além é claro, do equilíbrio e economia dos convênios oferecidos aos profissionais.
Mas afinal, como funciona a gestão de doenças crônicas? Como fazê-la? É sobre isso que falaremos neste artigo. Acompanhe e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!
Doenças crônicas no Brasil
De acordo com dados da Pnad Covid-19 do IBGE divulgados em 2020, no Brasil, 47,7 milhões de pessoas declararam ter recebido diagnóstico médico de alguma doença crônica em algum momento da vida. Ou seja, isso representa 22,5% da população.
As doenças crônicas podem ter diversas causas e fatores de risco e são um conjunto de patologias que não são causadas por infecções e não são transmissíveis, mas sim desenvolvidas pelo próprio organismo.
Algumas das doenças crônicas mais conhecidas são as doenças do coração e pulmonares, diabetes, câncer, depressão e hipertensão arterial - sendo essa última a de maior prevalência no Brasil. Aliás, ainda de acordo com a mesma pesquisa, 28,2 milhões de pessoas, ou 13% da população, declararam terem sido diagnosticados com a condição.
Mas afinal, como fazer uma melhor gestão das doenças crônicas e lidar com essas condições de maneira mais efetiva?
Pois bem, ao falarmos da saúde populacional empresarial, o ideal é fazer o cuidado proativo e preventivo, incluindo a conscientização e o uso de dados a seu favor. Abaixo falaremos mais sobre isso.
Gestão de doenças crônicas: identificação das patologias
O primeiro passo para uma gestão de doenças crônicas é a identificação precoce dos problemas de saúde entre os colaboradores. Para isso, utilizando dados de saúde, as empresas podem analisar padrões e tendências que que indiquem a presença de condições crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e outras. Então, a partir desses dados, é possível seguir para a próxima etapa.
Análise de dados e insights
A análise de dados desempenha um papel muito importante na identificação e compreensão das necessidades de saúde dos colaboradores. Isso porque, ao examinar dados como históricos médicos, resultados de exames, uso de medicamentos e padrões de comportamento, as empresas podem obter insights valiosos sobre as condições de saúde dos membros da equipe.
Hoje é possível ter todos esses dados em uma só plataforma - como é o caso da Wellbe, por exemplo - que, além de trazer de forma clara as informações sobre as doenças crônicas, também mostra quais são os:
- Dados do perfil populacional;
- Maiores utilizadores dos planos de saúde;
- Exames e procedimentos mais feitos;
- Dados de absenteísmo, entre outros.
Além disso, a ferramenta conta tecnologia preditiva, que auxilia a identificar pacientes de alto custo, permitindo que a empresa possa desenvolver planos de cuidado específicos para essas pessoas. Aliás, é sobre esses planos que falaremos abaixo!
Gestão de doenças crônicas: desenvolvimento de programas de acompanhamento
Com base nos insights obtidos da análise de dados, as empresas podem desenvolver programas de acompanhamento personalizados para colaboradores com doenças crônicas. Esses programas podem incluir:
- Consultas médicas regulares;
- Monitoramento remoto da saúde;
- Apoio nutricional;
- Programas de exercícios físicos adaptados;
- Apoio psicológico;
- Gerenciamento de estresse
- Ações de educação, conscientização e prevenção específicas para cada doença para evitar internamentos, absenteísmo e complicações futuras.
Benefícios da gestão de doenças crônicas
A gestão de doenças crônicas oferece uma série de benefícios para os pacientes, para as empresas e, também, para o sistema de saúde em geral. Afinal, auxilia a não sobrecarregá-lo. Alguns desses benefícios que merecem destaque, são:
Melhor qualidade de vida
Um programa de gestão de doenças crônicas pode ajudar os pacientes a entender e gerenciar melhor sua condição, levando a uma melhoria na qualidade de vida, bem-estar - e, consequentemente, mais produtividade e satisfação na vida pessoal.
Redução de complicações
Ao monitorar de perto a condição de um paciente e fornecer intervenções oportunas, a gestão de doenças crônicas pode ajudar a prevenir internamentos e complicações associadas à doença.
O resultado? Colaboradores mais saudáveis e um custo mais baixo ao plano de saúde da empresa. Afinal, internações são custosas e representam a ausência do colaborador.
A gestão de doenças crônicas auxilia no controle de sintomas
Estratégias de gestão podem ajudar os pacientes a controlar os sintomas associados à sua doença crônica, reduzindo o desconforto, aumentando o autoconhecimento, minimizando complicações e melhorando o bem-estar geral.
Redução de hospitalizações
Conforme citamos brevemente acima, ao fazer um melhor controle da condição e um foco na prevenção de complicações, os programas de gestão de doenças crônicas podem ajudar a reduzir a necessidade de hospitalizações, o que resulta em economia de custos para o sistema de saúde.
- Veja também: A importância da prevenção para reduzir as internações
Promoção da autogestão
A gestão de doenças crônicas valoriza a autogestão. Ou seja, capacita os pacientes com conhecimento, habilidades e recursos para cuidar de sua própria saúde de forma eficaz.
A gestão de doenças crônicas auxilia na maior adesão aos tratamentos
Ao fornecer educação contínua, apoio e monitoramento, os programas de gestão de doenças crônicas podem ajudar a melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento prescrito.
Isso acontece porque, ao ter mais conhecimento sobre a sua condição, assim como saber as melhores práticas para manter a saúde, os pacientes podem se sentir mais motivados a seguir as orientações médicas, resultando em um melhor cuidado com o seu organismo.
Melhoria na coordenação do cuidado
A gestão de doenças crônicas muitas vezes envolve uma abordagem multidisciplinar, integrando cuidados de diferentes profissionais de saúde. Dessa forma, ao ter esse conhecimento e o acesso a esses cuidados, os pacientes podem ter uma melhor coordenação do cuidado e orientações adequadas para seu caso específico.
Redução de custos
Embora os programas de gestão de doenças crônicas possam exigir investimentos iniciais, a longo prazo, eles têm o potencial de reduzir os custos associados ao tratamento de doenças crônicas, especialmente por meio da prevenção de complicações e hospitalizações.
Por fim, vale ressaltar que a gestão de doenças crônicas feita de maneira proativa é uma ferramenta que conquista cada vez mais espaço entre as empresas que buscam cuidar de seus colaboradores de maneira holística ao mesmo tempo em que visam aumentar a sua eficiência e equilibrar os seus gastos com saúde.
E então, gostou de saber mais sobre a gestão de doenças crônicas? Para ficar ainda mais por dentro do assunto, acesse: Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs): o que são e riscos