Diabetes afeta quase 10% dos beneficiários de planos de saúde
Você sabia que o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de pacientes adultos, com idades entre 20 e 79 anos?
Isso mesmo.
Além disso, o diabetes afeta quase 10% (cerca de 4,87 milhões) das pessoas que usam plano ou seguro de saúde no Brasil. E são cada vez mais pacientes diagnosticados.
Dessa forma, a alta incidência da doença faz com que seja importante conhecê-la melhor, assim como compreender os hábitos e tratamentos mais eficazes para preveni-la e/ou mantê-la sob controle.
Neste artigo, vamos te explicar tudo sobre o assunto. Acompanhe!
Dados
Em 2010, a projeção global da Federação Internacional de Diabetes (IDF) para a doença, em 2025, era de 438 milhões. Com ainda algum tempo pela frente, essa previsão já foi ajustada para 463 milhões.
Outro dado importante é que, em 2020, calculou-se que 9,3% dos adultos, entre 20 e 79 anos (463 milhões de pessoas) viviam com essa síndrome metabólica ao redor do mundo. Além disso, foram contabilizadas 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos com diabetes tipo 1.
A doença é crônica e não tem cura. Então, é importante que pacientes adequem o seus hábitos para garantir mais qualidade de vida e longevidade.
- Confira: Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs): o que são e riscos
O que é Diabetes Mellitus?
Diabetes Mellitus é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue devido à deficiência na produção ou ação da insulina. Assim sendo, realizar o controle glicêmico é ação essencial para que pacientes tenham uma boa qualidade de vida após o diagnóstico dessa síndrome metabólica.
O que leva uma pessoa a ter diabetes?
Fatores como predisposição genética, estilo de vida sedentário, dieta desequilibrada e obesidade contribuem para o diagnóstico do diabetes. Tudo varia conforme o organismo de cada pessoa e o histórico familiar.
Quais são os 4 tipos de diabetes?
No total, existem 4 tipos da doença:
- Pré-diabetes
- Diabetes tipo 1
- Diabetes tipo 2
- Diabetes Gestacional.
Pré-diabetes
O pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão elevados, mas não atingiram o limiar para serem diagnosticados como diabetes.
Assim sendo, esse é um estágio intermediário que alerta para o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Mudanças no estilo de vida, como dieta saudável e exercícios, podem prevenir ou retardar a progressão para o diabetes.
Diabetes tipo 01
Autoimune, não está relacionado ao estilo de vida. Além disso, se desenvolve de forma abrupta, muitas vezes em crianças, adolescentes ou jovens adultos.
Nesse tipo da doença, o sistema imunológico destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Dessa forma, pessoas com diabetes tipo 1 dependem da administração de insulina externa para controlar os níveis de glicose no sangue.
Diabetes tipo 02
Condição caracterizada pela resistência à insulina. Se desenvolve ao longo da vida e está associada ao estilo de vida.
Fatores de risco incluem: obesidade, falta de atividade física, dieta pouco saudável, tabagismo, consumo excessivo de álcool e histórico familiar.
Diabetes gestacional
Ocorre durante a gravidez e geralmente se resolve após o parto. No entanto, mulheres que tiveram diabetes gestacional têm um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida.
Diabetes: sintomas
Antes de citar os sintomas da doença, vale sempre lembrar que eles variam em gravidade e que nem todos os diabéticos apresentam os mesmos sintomas.
Inclusive, em alguns casos, o diabetes pode ser assintomático no início.
Portanto, se você suspeitar de algo ou tiver sintomas persistentes, é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Dito isso, alguns dos sintomas da doença e que podem fazer com que as pessoas liguem um alerta nos seus cuidados de saúde, são:
- Sede excessiva (polidipsia): sentir sede intensa e persistente;
- Fome excessiva (polifagia): aumento do apetite, muitas vezes acompanhado de perda de peso;
- Vontade frequente de urinar (poliúria): aumento da frequência urinária, especialmente à noite;
- Fadiga: sensação constante de cansaço e falta de energia;
- Visão turva: pode ocorrer por causa das alterações nos níveis de glicose;
- Cicatrização lenta: feridas e cortes demoram mais para cicatrizar;
- Infecções recorrentes: maior propensão a infecções variadas, como de pele ou do trato urinário.
- Formigamento ou dormência: especialmente nas mãos ou pés.
A relação entre diabéticos e o plano de saúde
Pacientes diabéticos precisam conviver com a doença de forma controlada, mantendo sempre os cuidados com a saúde em dia.
Assim sendo, neste cenário, planos de saúde desempenham um papel extremamente importante ao promover o acesso aos tratamentos multidisciplinares e cobrir algumas despesas médicas relacionadas com a doença, desde exames regulares, passando por medicamentos e consultas mais específicas.
Além disso, em situações mais complexas, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas e/ou medicação própria para tratamentos avançados.
Ademais, vale ressaltar que os pacientes com diabetes tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em níveis adequados. Já para quem têm diabetes tipo 2, podem ser utilizados medicamentos que variam de acordo com cada caso.
Entretanto, é importante reforçar que a caneta injetora ou o sistema infusão contínua de insulina (bomba de insulina) ou sensor de glicose não estão incluídos no rol de eventos e procedimentos obrigatórios listados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Assim sendo, não são de cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
Entretanto, o diabetes está incluso nas coberturas de saúde, sendo classificada como lesão ou doença preexistente. Afinal, é considerada uma patologia crônica que exige acompanhamento médico e muitas vezes, a administração de medicamentos, além da realização de exames frequentes.
Aliás, o diabetes está na lista de comorbidades que devem ser informados no ato da contratação do plano de saúde, tanto o tipo 1 quanto o tipo 2
- Veja também: Novos tratamentos no rol de procedimentos e seus impactos
A importância do tratamento multidisciplinar para diabéticos
Mesmo que os planos de saúde não cubram todos os medicamentos necessários para a rotina do diabético, a orientação e o conhecimento médico são, sim, compartilhados com o paciente.
Aliás, vale ressaltar que o cuidado com o diabetes costuma envolver a colaboração de profissionais variados, como:
- Endocrinologista/Diabetologista;
- Nutricionista;
- Fisioterapeuta/Educador Físico;
- Psicólogo/Psiquiatra;
- Enfermeiros;
- Podólogo;
- Oftalmologista;
- Assistência social;
- Farmacêutico.
Além disso, a tecnologia e o apoio familiar também são importantes para o dia a dia de pacientes diabéticos:
- A tecnologia se manifesta na utilização de monitores de glicose e aplicativos para rastreamento de hábitos;
- O apoio familiar e comunitário são importantes para promover um ambiente de suporte para os pacientes.
Por fim, você sabia que o sedentarismo é um dos fatores que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes tipo 2? Isso mesmo.
Sobretudo, a falta de atividade física também pode trazer outros desafios para a nossa sociedade como um todo - impactando, inclusive, nos altos valores dos planos de saúde. Vem saber mais sobre o assunto: Sedentarismo e o aumento nos custos de saúde