Como manter a saúde financeira das apólices empresariais

Daniela Hendler
6/3/2025

A saúde financeira das apólices empresariais é um dos principais desafios enfrentados por empresas e corretores que atuam no mercado de planos de saúde. Afinal, com o aumento dos custos médicos e os reajustes frequentes, garantir a sustentabilidade dos planos corporativos exige planejamento, estratégias eficientes e uma gestão proativa.

Dessa forma, sem um controle adequado, as empresas podem enfrentar reajustes elevados, impactando diretamente o orçamento e tornando o plano de saúde um benefício oneroso. Para evitar esse cenário, é fundamental adotar boas práticas que contribuam para o equilíbrio financeiro da apólice.

Pensando nisso, aqui vamos abordar os principais fatores que impactam os custos dos planos empresariais, além de estratégias que corretores e empresas podem adotar para garantir um benefício sustentável e acessível para todos. Acompanhe!

O que é a saúde financeira das apólices empresariais?

A saúde financeira das apólices empresariais está relacionada à capacidade da empresa de manter um plano de saúde sustentável, com custos previsíveis e sem comprometer seu orçamento. Isso envolve o equilíbrio entre as despesas médicas, o pagamento das mensalidades e a gestão de reajustes.

Quando uma apólice empresarial não é gerida corretamente, os gastos podem aumentar de forma descontrolada, levando a reajustes significativos e até mesmo à necessidade de troca ou cancelamento do plano.

Portanto, garantir a saúde financeira das apólices empresariais significa encontrar o equilíbrio entre oferecer um benefício de qualidade para os colaboradores e manter um custo sustentável para a empresa.

Principais fatores que impactam a saúde financeira das apólices empresariais

Manter o equilíbrio financeiro de um plano empresarial depende de diversos fatores, incluindo:

Índice de sinistralidade

O índice de sinistralidade é um dos principais fatores que influenciam os custos das apólices empresariais. Ele representa a relação entre os valores pagos à operadora e os custos médicos gerados pelos beneficiários.

Assim sendo, se esse índice for muito alto, isso significa que a empresa está utilizando o plano em excesso, o que pode resultar em reajustes elevados no momento da renovação.

Perfil dos beneficiários

A idade média dos colaboradores, o histórico de saúde e a presença de doenças crônicas impactam diretamente o valor do plano. Empresas com uma população mais jovem e saudável podem apresentar um menor custo de utilização do plano, o que reduz a sinistralidade.

Por outro lado, empresas com um número elevado de colaboradores com doenças pré-existentes, por exemplo, podem enfrentar custos mais altos.

Gestão de utilização do plano

A forma como os beneficiários utilizam o plano de saúde também influencia os custos. Isso porque o uso excessivo de pronto-atendimentos, exames de alta complexidade e internações pode elevar significativamente as despesas. Ou seja, sem um monitoramento adequado, o plano pode se tornar insustentável para a empresa.

Reajustes anuais

Os reajustes são inevitáveis, mas podem ser gerenciados de forma estratégica. Dependendo do contrato firmado com a operadora, os aumentos podem ser negociados com base na sinistralidade e na análise de mercado.

Empresas que não acompanham de perto esses reajustes podem acabar pagando valores excessivos sem necessidade.

5 boas práticas para manter a saúde financeira das apólices empresariais

Para evitar custos excessivos e garantir a sustentabilidade e equilíbrio do plano empresarial, algumas boas práticas podem ser adotadas, como:

1. Acompanhamento contínuo da sinistralidade

Monitorar o índice de sinistralidade ao longo do ano permite que a empresa identifique padrões de uso e tome medidas preventivas antes de enfrentar um reajuste elevado. Para isso, corretores e gestores de saúde podem utilizar relatórios detalhados — como os desenvolvidos pela Wellbe, por exemplo — para acompanhar os gastos e identificar os principais fatores que impactam os custos do plano.

2. Incentivo à medicina preventiva

A implementação de programas de saúde e bem-estar para os colaboradores reduz a incidência de doenças crônicas e sinistralidade elevada. Ações como campanhas de vacinação, incentivo à prática de atividades físicas e acompanhamento médico regular ajudam a reduzir o uso excessivo do plano de saúde.

Além disso, é possível desenvolver programas de saúde ainda mais personalizados conforme a necessidade e o perfil populacional dos colaboradores. De uma forma geral, isso significa que é possível criar programas para:

  • Gestantes;
  • Colaboradores diagnosticados com doenças crônicas distintas;
  • Pacientes oncológicos;
  • Colaboradores diagnosticados com obesidade;
  • Programas voltados apenas para mulheres — como o incentivo à mamografia e ao preventivo, por exemplo;
  • Programas voltados apenas para homens, — como o incentivo aos exames relacionados ao câncer de próstata (como o PSA) —, entre outros.

Ou seja, é possível personalizar e oferecer programas de saúde preventivos para colaboradores dos mais diversos perfis, desde que isso faça sentido para a empresa. 

- Veja também: Programas de saúde personalizados reduzem a sinistralidade

3. Educação sobre o uso do plano

Muitos colaboradores utilizam o plano de forma inadequada, recorrendo ao pronto-socorro para casos simples ou realizando exames desnecessários. Então, oferecer treinamentos e materiais informativos sobre o uso correto do benefício de saúde pode contribuir para uma redução dos custos.

4. Negociação com operadoras

Empresas e corretores devem negociar constantemente com as operadoras para obter condições mais vantajosas. Isso inclui avaliar opções de planos, buscar melhores coberturas e discutir reajustes mais justos.

5. Revisão periódica da apólice

Muitas empresas contratam um plano de saúde e não revisam suas condições ao longo dos anos. É importante mudar essa mentalidade. Afinal, realizar uma análise periódica permite identificar oportunidades de economia e garantir que o benefício continue adequado ao perfil dos colaboradores.

O papel do corretor na saúde financeira das apólices empresariais

Os corretores de saúde desempenham um papel essencial na manutenção da saúde financeira das apólices empresariais. Isso porque, além de intermediar a relação entre empresas e operadoras, eles podem contribuir de diversas formas, como:

  • Análise personalizada das necessidades da empresa: avaliar o perfil dos colaboradores e indicar o melhor plano para atender às demandas do grupo.
  • Acompanhamento da sinistralidade: monitorar os índices e sugerir estratégias para reduzir impactos financeiros.
  • Suporte na negociação de reajustes: buscar alternativas para minimizar aumentos abusivos e garantir melhores condições.
  • Implementação de programas de bem-estar: auxiliar na criação de iniciativas que reduzam os custos médicos a longo prazo.
  • Educação sobre o uso do plano: apoiar a empresa na conscientização dos colaboradores sobre a utilização adequada do benefício.

Corretores que adotam uma postura consultiva e estratégica se tornam parceiros indispensáveis para as empresas, garantindo que o plano de saúde continue sendo um benefício sustentável e vantajoso.

Garantindo a saúde financeira das apólices para um futuro mais sustentável

Manter a saúde financeira das apólices empresariais exige planejamento, análise de dados e uma gestão ativa dos custos. Além disso, contar com a assessoria de um corretor especializado faz toda a diferença, garantindo que a empresa tenha suporte para tomar as melhores decisões e manter um plano de saúde sustentável a longo prazo.

Por fim, com estratégias bem definidas e um acompanhamento contínuo, é possível evitar reajustes elevados, reduzir custos desnecessários e garantir a continuidade do benefício sem comprometer o orçamento da empresa.

Que tal se aprofundar um pouco mais no assunto? Acesse nosso artigo: Boas práticas para o uso do plano de saúde corporativo

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