Reajuste do plano de saúde em 2024: como funciona?
O início de mais um ano traz consigo a expectativa dos beneficiários em relação ao reajuste do plano de saúde para o ano de 2024.
O reajuste anual do plano de saúde empresarial, em particular, emerge como uma das principais apreensões dos beneficiários em 2024, dada a ausência de um teto fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para esse aumento.
Nesse artigo, abordaremos as projeções de reajustes para 2024 e suas causas. Continue lendo e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!
Reajuste do plano de saúde: previsão e variação nos custos
Em 2023, a ANS estabeleceu o teto de reajuste para planos individuais e familiares em 9,63%, contrastando com os planos coletivos que sofreram aumentos de até 22%.
Contudo, as projeções para 2024 indicam a possibilidade de reajuste do plano de saúde empresarial de até 25%, conforme reportagem do Valor Econômico.
Os anos anteriores servem de contexto para entender a dinâmica do reajuste do plano de saúde.
Em 2022, a ANS aprovou um aumento de 15,50% para planos individuais e familiares, o maior da história da agência, visando compensar a redução aplicada no ano anterior.
Os planos empresariais e coletivos, contudo, tiveram aumentos ainda mais expressivos, com médias de 22% e 26%, respectivamente.
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Mudança de cenário: novos usuários, prejuízo operacional e correção de preços
O aumento de valores para os planos empresariais segue uma tendência semelhante à do ano anterior, marcando o maior reajuste desde 2018.
Esse movimento pode ser interpretado como uma resposta ao reajuste negativo em 2021, quando as operadoras ajustaram os planos com base nos valores da pandemia de Covid-19, período de queda nos gastos médicos.
O setor experimentou uma mudança significativa em 2022, atraindo cerca de 1,3 milhão de novos usuários, mas também enfrentando um prejuízo operacional considerável, estimado em R$10 bilhões.
A entrada de usuários com descontos otimistas contribuiu para os reajustes expressivos, impactando negativamente as empresas contratantes, conforme explicado por Luiz Feitoza, sócio da consultoria Arquitetos da Saúde.
Nos primeiros nove meses de 2023, as operadoras registraram aproximadamente 750 mil novos clientes, mas enfrentaram um prejuízo operacional significativo, totalizando R$5,1 bilhões.
Os reajustes do plano de saúde, especialmente nos planos para pequenas e médias empresas (PMEs), com aumento de até 25% em 2023, tornaram-se a principal medida para manter a rentabilidade do setor.
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Como é calculado o reajuste do plano de saúde?
A fórmula para o cálculo do reajuste do plano de saúde engloba uma série de fatores, como índices econômicos, custos assistenciais e administrativos, além das condições de mercado.
Os índices econômicos relevantes incluem o IPCA e o IVDA, medindo a inflação e a variação dos custos de assistência à saúde, respectivamente.
O IPCA é um índice de inflação que mede a variação média dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. Já o IVDA é o índice que analisa a variação dos custos de assistência à saúde, incluindo despesas com medicamentos, exames, consultas e internações.
Órgãos como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e a ANS fornecem ferramentas e canais para fiscalização e denúncia, incluindo calculadoras de reajustes e atendimento virtual.
O que podemos esperar do reajuste em 2024?
Em suma, o cenário atual pressiona as operadoras a repassarem esses custos aos segurados, impactando diretamente a acessibilidade aos serviços de saúde.
Diante desse contexto desafiador, destaca-se a importância em buscar soluções que garantam não apenas a acessibilidade, mas também a qualidade dos serviços médicos oferecidos, como a promoção da eficiência operacional nas instituições de saúde, visando otimizar os recursos disponíveis.
O que você achou do conteúdo? Gostou de entender um pouco mais sobre o reajuste do plano de saúde em 2024? Então, para complementar o seu conhecimento sobre o assunto, acesse: Altos custos nos planos de saúde: o que causa e como diminuí-los?