1º semestre de 2024: retrospectiva da saúde
Metade do ano já se passou, então, é hora de fazermos a primeira retrospectiva da saúde em 2024!
Assim sendo, pode-se dizer que o primeiro semestre de 2024 foi marcado por eventos significativos na área da saúde no Brasil. Dentre eles, destaque para a luta contra epidemias, mudanças climáticas extremas e questões variadas relacionadas aos planos de saúde. Acompanhe tudo sobre esses temas e lembre do que aconteceu de mais importante na primeira metade do ano de 2024!
Retrospectiva da saúde: casos de dengue em alta
Para iniciar a nossa retrospectiva da saúde, vamos falar da dengue. Afinal, em 2024, o Brasil enfrentou uma das piores epidemias de dengue dos últimos anos. Diversos estados registraram um aumento alarmante no número de casos, levando a um esforço conjunto entre governo e sociedade para conter a disseminação da doença.
De acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, os números da dengue em 2024 chamam muito a atenção - principalmente quando comparados com o mesmo período de 2023:
Além disso, até o momento, já foram confirmados 785 óbitos pela doença em 2024.
As ações de combate à doença incluem campanhas de conscientização, mutirões de limpeza para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti e o fortalecimento das equipes de vigilância sanitária. Hospitais e postos de saúde foram sobrecarregados, e a demanda por atendimento médico aumentou significativamente.
Além disso, a campanha de vacinação contra a dengue em caráter emergencial aconteceu em algumas regiões mais afetadas. Assim, a imunização foi destinada a certos grupos populacionais, como crianças. Para saber mais sobre o assunto, confira:
- 6 dicas para a prevenção da dengue nas empresas
- Alta nos casos de dengue: como devem agir os planos de saúde?
Planos de saúde: beneficiários, cortes e reajustes
O mercado de planos de saúde também passou por mudanças importantes. O número de beneficiários em planos aumentou consideravelmente, refletindo a preocupação da população com a saúde e a busca por melhores condições de atendimento.
Aliás, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), em março de 2024 foram registrados 51.035.365 de beneficiários de convênios médicos e 32.734.438 em planos exclusivamente odontológicos.
Ao falarmos dos planos de saúde médico-hospitalares, houve um crescimento de 868.746 beneficiários em relação a março de 2023. Também, ao comparar março de 2024 com fevereiro de 2024, houve um aumento de 152.393 usuários.
No entanto, esse aumento veio acompanhado de reajustes nos valores das mensalidades em diversas modalidades de planos:
- Para os planos de saúde de assistência médica individuais e familiares, o percentual de reajuste anual ficou limitado a 6,91%;
- Por outro lado, para os planos de saúde empresariais, as projeções para 2024 indicam a possibilidade de reajuste de até 25%, conforme reportagem do Valor Econômico.
Essa disparidade nos percentuais de aumento refletiu em outras questões, como o corte de 90% dos planos de saúde individuais pelas corretoras e/ou o cancelamento unilateral dos convênios. Essas medidas, feitas em busca do equilíbrio dos serviços oferecidos pelas operadoras, impactaram diretamente as empresas e beneficiários, que também seguem em busca das melhores opções de convênios.
Veja mais sobre os reajustes em 2024:
- O impacto do reajuste dos planos individuais na saúde suplementar
Onda de calor: seus impactos na saúde
Outro ponto a ser destacado na nossa retrospectiva da saúde do primeiro semestre de 2024 está relacionado com as ondas de calor. As temperaturas extremas causaram uma série de preocupações com a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças.
Durante os períodos de calor, as autoridades de saúde emitiram alertas constantes para que a população tomasse medidas preventivas, como hidratação adequada e evitar exposição prolongada ao sol. Além disso, a onda de calor também evidenciou a necessidade de políticas públicas voltadas para a adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na saúde pública.
Confira mais sobre o assunto:
- Ecoansiedade: o que é e como lidar com a ansiedade climática?
- Ondas de calor: como proteger a saúde no trabalho?
Retrospectiva da saúde: Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O reconhecimento e o apoio a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também ganharam destaque em 2024. O primeiro semestre do ano viu avanços importantes na legislação e no acesso a tratamentos especializados para indivíduos com TEA. Entretanto, quando o assunto é TEA e os planos de saúde, ainda existe muito o que precisa ser esclarecido.
Dessa forma, a “disputa” entre o TEA e os planos de saúde ganhou a manchete de diversos jornais, com notícias como essa divulgada pelo UOL: Recusa de planos médicos em tratar autistas lidera ranking na Justiça de SP.
Assim sendo, aparentemente ainda há um caminho pela frente a ser percorrido até que sejam encontradas as melhores soluções tanto para os beneficiários quanto para as operadoras de saúde quando o assunto é o TEA. Entretanto, não se pode ignorar o quanto os diagnósticos e os tratamentos do transtorno avançaram nos últimos tempos.
- Veja também: Autismo nas empresas: melhores abordagens para o TEA
Retrospectiva da saúde: inovações tecnológicas em alta
O primeiro semestre de 2024 também foi marcado por avanços tecnológicos significativos na área da saúde. A utilização da inteligência artificial, enriquecida com seus algoritmos preditivos, por exemplo, se torna algo cada vez mais presente na saúde.
Assim sendo, seja para proporcionar um atendimento mais personalizado, ágil e qualificado, para ajudar a fornecer diagnósticos mais rápidos e/ou para proporcionar tratamentos menos invasivos, a tecnologia já provou que é uma grande aliada e que não apenas veio para ficar, mas se torna cada vez mais indispensável no setor da saúde.
Por fim, podemos concluir a nossa retrospectiva da saúde sobre o 1º semestre de 2024 reforçando o quanto esse período trouxe desafios e lições para o setor. Desde a epidemia de dengue até os impactos das mudanças climáticas, passando pelas questões relacionadas aos planos de saúde, o período foi marcado por uma intensa atividade e necessidade de adaptação.
A esperança é que, com as medidas corretas e um esforço conjunto de governo, sociedade e setor privado, seja possível enfrentar e superar os obstáculos, garantindo uma saúde melhor e mais acessível para todos.