Como combater o burnout no ambiente corporativo
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A Síndrome de Burnout, caracterizada pelo esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho, tem se tornado uma preocupação crescente no ambiente corporativo brasileiro. De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores no Brasil sofrem com essa condição, posicionando o país como o segundo com mais casos diagnosticados no mundo.
Reconhecendo a gravidade do problema, a partir deste ano, as empresas brasileiras serão obrigadas a desenvolver planos de saúde mental para seus funcionários, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo. Essa medida visa criar ambientes de trabalho mais saudáveis e prevenir o desenvolvimento de transtornos como o burnout.
Sobretudo, a obrigatoriedade de tais planos reforça a necessidade de um olhar mais atento à saúde emocional dos profissionais, incentivando mudanças estruturais nas organizações para proporcionar melhores condições de trabalho.
Causas do burnout no ambiente corporativo
O burnout é frequentemente resultado de fatores como sobrecarga de trabalho, prazos apertados, falta de reconhecimento e ambientes de trabalho tóxicos. Afinal, a principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho, e é comum entre profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes.
Entre as profissões mais afetadas, destacam-se as áreas da saúde, educação, tecnologia e atendimento ao público. O avanço da cultura de alta performance e o modelo de trabalho híbrido ou remoto também contribuíram para a intensificação dos casos, pois muitas vezes ocorre uma sobreposição entre a vida profissional e pessoal.
Além disso, outro fator que leva ao esgotamento é a falta de autonomia e controle sobre as próprias tarefas. Quando os funcionários sentem que não têm poder de decisão, mas são cobrados por metas inatingíveis, a sensação de frustração se agrava, aumentando os riscos para a saúde mental.
Impactos do burnout para as empresas
Entre os efeitos devastadores na saúde dos colaboradores, o burnout traz consequências significativas para as organizações. Aumento do absenteísmo, queda na produtividade, maior rotatividade de funcionários e custos elevados com afastamentos são alguns dos desafios enfrentados.
Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o burnout na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), reforçando a importância de tratá-lo como um fenômeno ocupacional. Em 2023, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou um aumento expressivo nos afastamentos relacionados ao burnout, evidenciando sua relevância no contexto empresarial.
5 estratégias para combater o burnout
Para enfrentar o burnout no ambiente corporativo, as empresas podem adotar diversas estratégias, entre elas:
1. Promoção do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Manter um equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal dos colaboradores é importante para o bem-estar e a produtividade a longo prazo. Para isso, as empresas devem incentivar pausas regulares ao longo do expediente, respeitando o tempo de descanso necessário para que os funcionários possam se recuperar mental e fisicamente.
Além disso, a disponibilização de licenças remuneradas e a definição clara de horários de trabalho ajudam a evitar que as atividades profissionais invadam o tempo pessoal dos colaboradores.
2. Criação de um ambiente de trabalho saudável
A construção de um ambiente organizacional positivo é um fator determinante para a retenção de talentos e para a satisfação dos colaboradores.
Empresas que cultivam uma cultura de respeito, transparência e valorização do trabalho em equipe conseguem reduzir significativamente os níveis de estresse e promover um ambiente mais produtivo. Dessa forma, incentivar a comunicação aberta entre gestores e funcionários, garantir feedbacks constantes e oferecer reconhecimento pelos esforços individuais são ações que contribuem para um clima organizacional mais saudável.
3. Suporte psicológico
Oferecer acompanhamento psicológico regular, seja por meio de convênios com profissionais da área ou programas internos, é uma forma eficaz de prevenir o agravamento do burnout.
Além disso, espaços de descompressão no ambiente corporativo também contribuem para a qualidade de vida dos colaboradores.
4. Gestão eficiente de carga de trabalho
Um dos principais fatores que levam ao esgotamento profissional é a sobrecarga de trabalho, resultante de uma má distribuição das tarefas e da falta de organização nos processos internos. Para evitar esse problema, é importante que as empresas adotem modelos de gestão mais flexíveis e eficientes, assegurando que a carga de trabalho seja distribuída de forma justa entre os colaboradores.
Em outras palavras, isso pode ser feito por meio de planejamentos estratégicos que considerem a capacidade e as habilidades individuais dos funcionários, além da priorização adequada das demandas. Além disso, oferecer treinamentos sobre gestão de tempo e produtividade ajuda os colaboradores a executarem suas funções de maneira mais eficaz, reduzindo a necessidade de jornadas excessivas e, consequentemente, diminuindo os riscos de exaustão ocupacional.
5. Programas de bem-estar
Iniciativas como yoga, meditação e incentivo às práticas esportivas melhoram a saúde mental dos colaboradores. Benefícios como dias de descanso adicionais e suporte nutricional também são formas eficazes de prevenir o burnout.
O Papel da Wellbe na prevenção do burnout
A Wellbe se destaca como uma ferramenta valiosa para auxiliar corretoras e empresas na identificação e prevenção do burnout. Afinal, utilizando inteligência em saúde, a plataforma permite mapear os riscos de esgotamento entre os colaboradores, fornecendo insights baseados em dados para a implementação de ações preventivas.
Por meio da análise de indicadores de saúde e bem-estar, a Wellbe ajuda as organizações a desenvolver programas personalizados de acompanhamento psicológico e outras iniciativas voltadas para a saúde mental. Isso não apenas melhora a qualidade de vida dos funcionários, mas também contribui para a redução de custos associados ao absenteísmo e à baixa produtividade.
Além disso, a Wellbe auxilia empresas e corretoras de seguros na estruturação de planos de saúde mental que atendam às exigências legais e garantam um ambiente corporativo mais sustentável. Dessa forma, a prevenção do burnout se torna um diferencial competitivo para as empresas.
Investir na saúde mental dos funcionários é uma obrigação legal e também uma estratégia inteligente para o sucesso a longo prazo. Ao priorizar o bem-estar de sua equipe, as empresas colhem benefícios como maior engajamento, produtividade e retenção de talentos, consolidando-se como líderes em um mercado cada vez mais competitivo.