Planos de saúde individuais devem ter reajuste de até 6,5%

O reajuste anual dos planos de saúde individuais é um tema que sempre gera atenção e dúvidas entre os consumidores.
Para 2025, a previsão é de um aumento de até 6,5%, segundo estimativas de analistas do setor de saúde suplementar. Esse percentual, embora abaixo do teto definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no último ano, supera a inflação oficial registrada em 2024.
Mas o que exatamente significa esse reajuste? Como ele é calculado? E, principalmente: qual o impacto no orçamento das famílias?
Neste conteúdo, vamos responder a essas perguntas, explicar o funcionamento do processo de reajuste e mostrar por que acompanhar esses índices pode ajudar na tomada de decisão sobre contratar ou manter um plano de saúde. Acompanhe!
O que é o reajuste dos planos de saúde individuais?
O reajuste dos planos de saúde individuais é a correção anual de preço autorizada pela ANS — Agência Nacional de Saúde Suplementar — para contratos firmados diretamente entre o consumidor e a operadora, sem a intermediação de empresas ou associações. Diferente dos planos coletivos, o reajuste dos planos individuais é regulado, o que garante maior previsibilidade e proteção ao consumidor.
Em 2025, o percentual máximo de reajuste estimado por analistas é de até 6,5%, um índice que, se confirmado, será o menor dos últimos 17 anos, conforme apontado pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
Como é definido o percentual de reajuste?
O reajuste dos planos de saúde individuais segue uma metodologia estabelecida pela ANS, que considera dois fatores principais:
- Variação das despesas assistenciais das operadoras (consultas, exames, internações e outros atendimentos);
- Inflação geral do país, desconsiderando o grupo “saúde” do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esses dados são analisados a partir do histórico dos 12 meses anteriores, e o percentual final é enviado ao Ministério da Fazenda, que tem até 15 dias para aprová-lo. Após essa aprovação, o reajuste é oficializado e passa a valer para os contratos com aniversário entre maio de 2025 e abril de 2026.
Por que o reajuste de 6,5% é relevante?
Embora 6,5% possa parecer um valor modesto em comparação com os reajustes de planos coletivos — que chegaram a 13,8% em média em 2024 —, ele está acima da inflação registrada no último ano, que foi de 4,83%, segundo o IBGE.
Esse cenário mostra que, mesmo com algum controle dos custos do setor, os preços dos planos seguem aumentando acima da inflação. Para as famílias, isso significa um maior comprometimento da renda mensal com saúde privada, especialmente em um contexto de instabilidade econômica.
Além disso, mesmo representando menos de 17% do total de beneficiários da saúde suplementar, os planos individuais funcionam como um balizador para o mercado. O índice divulgado pela ANS influencia as negociações de preços nos planos coletivos — tanto empresariais quanto por adesão —, que não têm reajustes regulados.
O que esperar dos próximos meses?
A expectativa é que a ANS divulgue oficialmente o percentual de reajuste até o fim de maio de 2025. No entanto, algumas consultorias e instituições financeiras já divulgaram suas projeções:
- BTG Pactual: 6% — baseado na inflação projetada de 5,7% para 2025;
- Milliman: 6,2% — considerando queda na sinistralidade e melhora no resultado operacional das operadoras;
- Citi: 6,5% — destacando o impacto de despesas judiciais crescentes no setor.
Essas previsões reforçam que o reajuste tende a ficar abaixo do teto de 6,91% definido em 2024, mas ainda superior ao aumento geral dos preços da economia.
Quais os impactos para os consumidores?
Para quem tem um plano de saúde individual, o impacto do reajuste varia conforme o valor da mensalidade atual. Um aumento de 6,5% em um plano de R$500, por exemplo, representaria R$32,50 a mais por mês. Em um plano de R$800, o reajuste significaria R$52 a mais na fatura mensal.
Esse acréscimo pode parecer pequeno isoladamente, mas ao longo de um ano representa uma diferença significativa no orçamento familiar. Por isso, é fundamental que os consumidores acompanhem os índices divulgados e avaliem alternativas conforme seu perfil de uso e necessidades de cobertura.
Situação financeira das operadoras: melhora ou desafio?
Dados divulgados pela ANS indicam uma melhora no desempenho das operadoras em 2024:
- Lucro líquido: R$ 11,1 bilhões (alta de 271% em relação a 2023);
- Sinistralidade: 82,6%, abaixo dos 86,3% registrados no ano anterior;
- Resultado operacional: passou de R$4,4 bilhões negativos para R$6,1 bilhões positivos.
Apesar desses números positivos, cerca de 40% das operadoras ainda apresentaram prejuízo operacional, segundo estudo da consultoria Milliman. Isso mostra que os ganhos não foram distribuídos de forma homogênea no setor e que a sustentabilidade dos planos ainda enfrenta desafios, como o aumento das despesas judiciais e os custos com fraudes e desperdícios.
A importância de acompanhar os reajustes
O acompanhamento do reajuste dos planos de saúde é essencial para consumidores e empresas que desejam manter o equilíbrio financeiro sem abrir mão da assistência médica de qualidade. Estar bem-informado sobre as regras, limites e projeções ajuda a tomar decisões mais conscientes sobre:
- Manutenção do plano atual;
- Troca por outro plano mais adequado;
- Avaliação de planos empresariais ou por adesão, quando possível.
Além disso, entender como o reajuste funciona ajuda a evitar surpresas no orçamento e a buscar alternativas compatíveis com sua realidade financeira.
Fique por dentro do reajuste dos planos de saúde individuais e evite imprevistos
O reajuste de até 6,5% nos planos de saúde individuais em 2025 reforça a importância de planejamento financeiro e acompanhamento de indicadores regulatórios. Apesar de representar um dos menores aumentos dos últimos anos, ele ainda pesa no bolso dos consumidores e exige atenção.
A saúde é um bem essencial, e garantir acesso a um plano compatível com suas necessidades e possibilidades financeiras é um passo fundamental. Por isso, acompanhar notícias como essa, conhecer os seus direitos e buscar informações confiáveis são atitudes que fazem a diferença.
Na Wellbe, estamos atentos às transformações da saúde suplementar e comprometidos em oferecer soluções cada vez mais transparentes e eficientes. Continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre o setor e dicas para uma melhor gestão da saúde.