Grupos de atenção: mais cuidado, menos custo

Juliana Kozoski
22/5/2025

Na gestão da saúde suplementar, um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas é equilibrar o bem-estar dos colaboradores com a sustentabilidade dos planos de saúde. Nesse contexto, conhecer os chamados “grupos de atenção” é fundamental

Embora muitas organizações ainda desconheçam o conceito ou o negligenciem, identificar e cuidar dessas populações específicas pode ser a chave para uma gestão de saúde mais eficaz e econômica.

Mas afinal, o que são grupos de atenção? Por que é tão importante mapeá-los? E como a atuação direcionada pode trazer benefícios reais para empresas e colaboradores? Ao longo deste artigo, vamos abordar essas questões em profundidade, sempre guiados por um objetivo claro: mostrar como mais cuidado pode significar menos custo.

O que são grupos de atenção?

Para começar, é essencial compreender o conceito. Grupos de atenção são segmentos da população que, por determinadas condições de saúde ou perfis específicos, demandam um cuidado diferenciado e contínuo. Em geral, essas pessoas representam um percentual reduzido dos beneficiários, mas consomem uma parcela significativa dos recursos dos planos de saúde.

Entre os principais grupos de atenção na saúde suplementar, destacam-se:

  • Gestantes
  • Pacientes oncológicos
  • Indivíduos com doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabéticos e hipertensos
  • Pessoas com transtorno do espectro autista (TEA)
  • Pacientes com distúrbios mentais ou sofrimento psíquico intenso
  • Pessoas com múltiplas comorbidades ou em uso contínuo de medicamentos complexos

É importante destacar que esses grupos não são estáticos. Ou seja, um colaborador pode não pertencer a nenhum grupo hoje, mas passar a integrar um deles a qualquer momento, dependendo de seu estado de saúde. 

Justamente por isso, a monitorização constante da saúde populacional é uma prática que deveria ser adotada de forma estruturada pelas empresas.

Por que identificar os grupos de atenção?

Agora que já entendemos quem são esses grupos, surge uma pergunta inevitável: por que investir tempo e recursos para identificá-los? A resposta está em três pilares fundamentais: previsibilidade, personalização e prevenção.

1. Previsibilidade

Ao mapear os grupos de atenção dentro da empresa, é possível antever riscos, estimar custos futuros e preparar ações antecipadas. Isso evita que situações críticas se agravem e acabem gerando gastos elevados, tanto do ponto de vista financeiro quanto humano.

2. Personalização

Cada grupo possui demandas específicas, que exigem abordagens diferenciadas. Gestantes, por exemplo, se beneficiam de programas de pré-natal humanizado, enquanto pacientes oncológicos precisam de suporte emocional e coordenação do cuidado. Ao identificar esses perfis, a empresa consegue oferecer um atendimento realmente eficaz e centrado no indivíduo.

3. Prevenção

A atuação preventiva é, sem dúvida, a aliada mais poderosa quando falamos em saúde. Dessa forma, ao focar em grupos de atenção, é possível atuar antes que o quadro de saúde se agrave, reduzindo internações, afastamentos e outros desdobramentos que impactam negativamente tanto o colaborador quanto a empresa.

Além disso, vale ressaltar que ações voltadas para esses públicos específicos têm impacto direto na qualidade de vida, no engajamento e na produtividade dos times.

Grupos de atenção na prática: exemplos e particularidades

Para tornar o tema ainda mais claro, vamos aprofundar um pouco mais nas características e necessidades de alguns dos principais grupos de atenção:

Gestantes

O acompanhamento da gestação vai muito além das consultas periódicas. Dessa forma, oferecer apoio emocional, orientações sobre alimentação, preparo para o parto e cuidados com o bebê são formas de garantir uma experiência mais segura e tranquila. Além disso, o cuidado com a gestante reflete diretamente na saúde do bebê, o que amplia ainda mais o impacto positivo das ações preventivas.

Pacientes oncológicos

O diagnóstico de câncer costuma ser um divisor de águas na vida das pessoas. Nesse grupo, o suporte deve ser integral: emocional, clínico e até logístico. Muitas vezes, o paciente precisa lidar com a complexidade dos tratamentos, com deslocamentos constantes e com os efeitos colaterais, sem mencionar o abalo psicológico. Então, programas de acolhimento, coordenação de cuidado e orientação sobre direitos são essenciais.

Pessoas com DCNTs

As doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes, asma e obesidade, exigem acompanhamento constante e mudanças no estilo de vida. Assim sendo, campanhas de educação em saúde, incentivo à prática de atividades físicas, monitoramento de exames e controle de medicação são apenas algumas das estratégias eficazes para esse público.

Indivíduos com TEA ou distúrbios mentais

Esse é um dos grupos que mais tem crescido em visibilidade e, felizmente, também em cuidado. No entanto, ainda há muito o que melhorar. Pessoas com autismo ou transtornos mentais enfrentam barreiras no ambiente de trabalho, no acesso ao cuidado adequado e no acolhimento. 

Então, investir em programas de inclusão, capacitação dos gestores e apoio psicossocial pode transformar as realidades e contribuir para um ambiente mais saudável e empático.

Ações personalizadas para grupos de atenção: da teoria à prática

Uma vez identificados os grupos de atenção, o próximo passo é transformar esse conhecimento em ações concretas. Neste cenário, algumas estratégias que têm se mostrado eficazes incluem:

  • Campanhas de prevenção direcionadas, como a vacinação de gestantes ou rastreio de câncer de mama para mulheres acima de 40 anos
  • Programas de acompanhamento contínuo com o suporte de uma equipe multiprofissional
  • Monitoramento de indicadores de saúde específicos para cada grupo
  • Capacitação de líderes para apoio aos colaboradores com condições especiais
  • Comunicação empática e acessível, adaptada à realidade do público-alvo

O segredo está na personalização. Quando as ações são pensadas de forma genérica, elas correm o risco de não atingir quem realmente precisa. Por outro lado, quando são desenhadas com foco nos grupos de atenção, o impacto é muito mais significativo — tanto em termos de resultado quanto de percepção dos colaboradores.

O papel estratégico da Wellbe na identificação e monitoramento dos grupos de atenção

Nesse ponto da jornada, é comum que empresas se sintam inseguras sobre como iniciar esse processo. Identificar os grupos de atenção, analisar dados de saúde, planejar campanhas e acompanhar os resultados exige expertise e tempo. E é justamente aí que a Wellbe se torna uma aliada estratégica.

A Wellbe ajuda empresas de diferentes portes e segmentos a mapear sua população e a identificar com precisão os grupos de atenção que mais demandam cuidado. A partir desse mapeamento, é possível desenvolver campanhas e ações personalizadas, com foco na prevenção, na promoção da saúde e no bem-estar dos colaboradores.

Mais do que isso, a atuação da Wellbe é orientada por dados e resultados. Ou seja, cada intervenção é monitorada, avaliada e ajustada de forma contínua, garantindo um processo evolutivo e cada vez mais assertivo.

Mais cuidado com a saúde = menos custos

Em um cenário onde os custos com saúde aumentam a cada ano, ignorar os grupos de atenção é um erro estratégico. Por outro lado, reconhecê-los, entendê-los e agir de forma proativa pode transformar a forma como a empresa cuida da sua gente — e do seu orçamento.

A identificação dos grupos de atenção permite intervenções mais eficazes, humanizadas e sustentáveis. Trata-se de uma abordagem que combina inteligência, empatia e responsabilidade, com benefícios que se estendem a todos: colaboradores, gestores, RH e operadoras de saúde.

E se a sua empresa ainda não sabe por onde começar, conte com a Wellbe. Estamos prontos para caminhar ao seu lado na construção de um cuidado mais inteligente e estratégico.

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